domingo, 28 de abril, 2024
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Criando padrões de Engenharia: Como fazer com que os códigos não sejam uma dor de cabeça na hora de reaproveitar projetos?

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Por Guilherme Kastner,
Engenheiro de Aplicações na SKA

Falando de códigos por famílias, isso sempre acaba por ser o caso mais popular nas empresas. Onde um projeto pai é nomeado e os filhos são nomeados conforme o pai. Simples, né?

Facilidades

A maior facilidade do quesito é a inserção de um código apenas no pai, imaginem um código de projeto fictício conforme abaixo

  • · 001002

Os filhos são nomeados conforme abaixo

  • · 001002

                001002.001

                001002.002

                001002.003

                001002.004

Uma vez que isso resolve o problema principal, é garantido que os nomes de arquivos não são repetidos, né? Exato, mas teremos que ver que existem riscos nessa abordagem.

Primeiras complicações

Reaproveitamento de projetos são as primeiras complicações nessa abordagem. Uma das maiores facilidades do SOLIDWORKS é a execução de projetos de itens customizados, como, por exemplo, a customização de uma máquina de linha para um cliente onde será utilizado um novo código principal.

Como funciona os códigos dos filhos que são comuns aos dois projetos?

Permanecem relacionados ao primeiro pai ou ao segundo? Todos os itens são duplicados? Caso realmente sejam duplicados, como as revisões são executadas? Em uma revisão, como os itens filhos serão modificados?

Os objetivos dos projetos por famílias são bem simples:

· Gerar uma codificação simples com base em um projeto pai

· Saber onde determinado componente criado é usado

As complicações continuam

Uma das problemáticas mais comuns é a mudança contínua dos projetos. Uma peça criada originalmente para um item pai é utilizada em mais de um projeto com o código do pai original.

Após alterações no projeto pai, esse filho criado é deixado de ser utilizado nele e passa a ser utilizado por outros projetos com códigos pais diferentes.

O mundo ideal

Codificações baseados em famílias são criadas para projetos não muito configuráveis e pouco editáveis. Uma vez editado o item pai original, o filho poderá ficar sem a referência do pai e isso acaba por enterrar a base principal deste método de codificação.

Conclusões

Este método é de todo mal? Não, não é mas precisa ser pensada qual a real razão para a adoção dele.

Códigos tem apenas uma finalidade que é dar nomes únicos para os arquivos. Outras finalidades como descrições físicas, por famílias ou sistêmicas como já descrito na série são para encobrir fraquezas de nossos sistemas de gestão.

No próximo post falarei sobre a adoção do sistema mais simples, a sequência linear de códigos.

 

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